sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A favor do clima estável

Da folha de São Paulo

"Rã é nova ferramenta para definir conservação

Na mata atlântica, sul da Bahia é ultrassensível
Ana Carnaval/ UC Berkeley
Rã da espécie Hypsiboas Semilineatus, usada na pesquisa AFRA BALAZINADA REPORTAGEM LOCAL Foi usada pela primeira vez no Brasil uma ferramenta que alia o estudo genético de animais a dados climáticos do passado para identificar áreas importantes para a conservação da biodiversidade.Realizada na mata atlântica, a pesquisa utilizou três espécies de rã e concluiu que a região mais importante a ser preservada é o sul da Bahia, que funcionou ao longo do tempo como refúgio de espécies.Os pesquisadores modelaram a distribuição dos anfíbios há 6.000 anos, quando as condições climáticas eram mais frias e úmidas, e há 21.000 anos, período frio e seco. Segundo o estudo, publicado hoje na revista "Science", quanto mais estável do ponto de vista climático, mais biodiversa tende a ser a região."Fomos capazes de identificar áreas que funcionaram como refúgios climáticos -áreas de estabilidade climática, onde as espécies puderam permanecer ao longo do tempo", afirmou à Folha Ana Carolina Carnaval, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).Na pesquisa, foram usadas amostras de DNA de 184 rãs das espécies arborícolas Hypsiboas albomarginatus, H. semilineatus e H. faber, encontradas em toda a floresta. A comparação mostrou que as rãs da parte sul da mata atlântica tinham menos diversidade genética do que as da região central.Segundo Célio Haddad, um dos coautores do artigo, as áreas importantes para conservação são em geral definidas a partir da lista de espécies existentes para essa dada região."Isso é razoável. Mas a dúvida que fica é até que ponto a área protege as espécies ao longo do tempo. Essa nova ferramenta é mais precisa", disse o pesquisador do Departamento de Zoologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista).Optou-se por usar anfíbios no estudo pelo fato de serem bons "bioindicadores". "Várias espécies passam parte da vida na água, sob forma de girinos, e parte na terra, após a metamorfose. Têm pele fina e permeável, e os ovos não possuem casca, de modo que são altamente suscetíveis a mudanças ambientais", disse Carnaval.Mais atençãoPara a cientista, a porção sul da mata atlântica vem, historicamente, recebendo mais atenção que a central. "É importante agirmos no sentido de documentar e proteger o que resta da diversidade nessa região."Ela ressalta, porém, que não se deve frear os esforços de conservação e estudos em outros locais. Haddad concorda. "Meu medo é que resolvam preservar o sul da Bahia e esqueçam o resto", disse ele.De acordo com o pesquisador, uma crítica que pode ser feita ao trabalho é o uso de apenas três espécies."

Quem não gosta de um clima estável. Estamos sofrendo o efeito dessa variação e estamos mudando nossa mentalidade, já que não temos para onde mudar. Só temos esse planeta por enquanto, já as rãs, por enquanto, podem desfrutar de uma pequena reserva.

Recicláveis diante da crise

Do http://ultimosegundo.ig.com.br/, portal de notícias do IG.

"O mercado de materiais recicláveis tem enfrentado um dos piores momentos de sua história com o agravamento da crise financeira, a partir de outubro do ano passado. Insumos como papel, papelão, plástico e metais recicláveis agora encontram muito menos interesse das empresas, que passaram a reduzir sua produção, como forma de corte de custos e acompanhando a queda na demanda. Com isso, o preço dos materiais recicláveis foi diretamente afetado.
Um dos maiores mercados compradores de recicláveis é a China, que adquire sua cota especialmente nos EUA e Reino Unido. O país, no entanto, passou a exportar muito menos seus produtos “Made in China” e, com isso, o papelão utilizado como embalagem passou a se acumular nos estoques. No final do ano, a China estava importando recicláveis, mas como combustível mais barato para as caldeiras e fornos industriais.
Nos EUA, a tonelada da lata, por exemplo, atingiu U$5 em dezembro passado. No ano anterior, em 2007, este mesmo volume era vendido em torno de US$ 327. Já a tonelada de papelão foi vendida recentemente entre US$ 25 e US$ 30, mas havia chegado a US$ 300 há poucos meses.
Brasil
Enquanto no mundo os meses de setembro e outubro já apresentavam preços em queda, o Brasil, no entanto, só começou a perceber alguma diferença em dezembro. Ainda não existem estatísticas consolidadas para este mês, mas Pedro Vilas Boas, estatístico da Associação Brasileira de Celulose e Papel, conta que o abastecimento de recicláveis no Brasil se dá no próprio pais e que, por isso, o mercado está relativamente protegido de crises internacionais.
Plástico
Apesar de acompanharem a queda de preços de seus colegas recicláveis, os plásticos têm resistido com alguma bravura. Segundo Hermes Contesini, porta-voz de Relações com o Mercado da Associação da Indústria do PET (Abipet), esse setor se salva pela versatilidade da matéria-prima, mas que nessa época do ano há uma queda de preços. “Estamos numa época que os materiais sobram. No verão há muito consumo de líquidos em embalagens PET. Existe uma destinação do PET, para a indústria têxtil, que também apresenta queda no verão. Por outro lado, você tem uma variedade de demandas, como para fabricação de vassouras, por exemplo, que nada tem a ver com o período do ano”, explica. Segundo ele, os preços variam, mas estão em torno de R$ 0,90 a R$ 1 por quilo, mas chegaram a R$ 1,30 por quilo antes da crise.
Projeções
Lourisvaldo Silva Santana, coordenador-geral da Coopere, cooperativa de materiais recicláveis de São Paulo (SP) conta que altos e baixos desse mercado são naturais, especialmente neste período entre final e início de ano, mas a situação atual não é comum. “Eu tenho dez anos de [trabalho em] cooperativas e nunca vi uma queda de preços como essa”, afirma. Segundo ele, todos os produtos enfrentam queda, mas as cooperativas, de forma geral, estão estocando o quanto podem até que o mercado melhore. A expectativa de Santana e de todos os entrevistados é que isso aconteça após o Carnaval, quando o mercado, tradicionalmente, volta a se aquecer.
"

Essa semana pude acompanhar tal acontecimento. Meu tio separava caixas de papelão para um senhor que ia religiosamente as quartas feiras retira-las. Depois de dois cafézinhos e uma conversa, separava sua carga e seguia seu caminho.
Na última quarta-feira de janeiro ele apareceu, pediu o café, contudo não quis carregar as caixas e sua conversa..."Tive que tocar fogo em um monte de papelão lá em casa, ninguém quer mais, não tenho onde guardar, então não vou levar."
Catadores em geral precisam de produtos que vendam. Papelão, latinhas, PETS, etc. Salvar o meio ambiente é um bônus no processo para eles. Agora, salvar o meio ambiente exclusivamente, não vende.
Entrei em contato com três empresas de reciclagem, pedi um atualização de valores e números e qual a visão deles. Assim que me passarem os dados, será devidamente postado.

Para ilustrar o post confiram as fotos de Paulo Giandalia. Um ensaio com catadores de papel, lindas fotos. Fotos impactantes, que registram momentos nunca vistos como arte. Do site Do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.
http://www.mncr.org.br/box_2/noticias-regionais/os-catadores-de-papel-por-paulo-giandalia/

Madeira Zero

Do site http://www.nossasaopaulo.org.br/

"Luanda Nera - repórter do Movimento no FSM 2009
Uma sociedade “ecossocialista”, que faça a convergência entre a defesa da ecologia e as causas dos movimentos sociais urbanos. Esse é, na opinião do cientista social Michael Lowy e do escritor e religioso dominicano Frei Betto, o modelo ideal (e necessário) para a vida no planeta. Eles participaram do Fórum Social Mundial, em Belém, a convite das redes brasileira e latinoamericana por Cidades Justas e Sustentáveis, e foram aplaudidos pela platéia que lotou um dos auditórios da Universidade Federal Rural.
Protagonistas do conceito de ecossocialismo, Betto e Lowy fizeram um emocionante relato da trajetória de dois grandes ativistas que atuaram na região amazônica – o seringueiro Chico Mendes (assassinado em 1988) e a irmã Dorothy Stang (assassinada em 2005) –, sempre traçando paralelos com as lutas que continuam no Brasil e no mundo. “O Chico Mendes continua a inspirar militantes em vários países. Era um pragmático, mas também um utopista”, resumiu Lowy. “A impunidade dos crimes do latifúndio e a falta de reforma agrária mataram a irmã Dorothy”, enfatizou Betto.
Fazendo uma ponte com o cenário atual, marcado pela crise financeira mundial e o conseqüente debate sobre os rumos do capitalismo, Betto e Lowy enfatizaram a necessidade de um modelo que assegure os direitos humanos acima de tudo e que promova uma transformação radical em nosso padrão de consumo. “As questões ecológicas exigem medidas radicais, é urgente uma mudança no nosso padrão de civilização. O ecossocialismo é a corrente que luta pela defesa da natureza, da vida e por uma sociedade baseada em valores”, afirmou Lowy.
Para Betto, a construção de cidades sustentáveis (ou ecossocialistas) exige práticas concretas, como o Movimento Nossa São Paulo e os demais que já se formaram em outros municípios brasileiros e latinoamericanos. O religioso também descreveu os quatro valores sobre os quais o conceito de ecossocialismo se apoia: visão crítica do neoliberalismo, organização da esperança, resgate da utopia e elaboração de projetos alternativos. “A luta pelo ecossocialismo começa aqui e agora, na defesa do desmatamento zero na Amazônia, no fortalecimento da rede de cidades justas e sustentáveis”, concluiu Frei Betto. “A consciência é o que nos leva à ação. E é neste sentido que precisamos trabalhar juntos para que seja possível repensar nossas cidades”, completou Michael Lowy."


Acho que já estão criando nomes demais para o que conheço como “desenvolvimento sustentável”, nomes diferentes, a essência é a mesma. Tudo bem.
O que se discute no campo de desenvolvimento sustentável é o que o próprio nome diz, por isso gosto dele. Acabar com o desmatamento na Amazônia é justo? Justo com a população local eu digo, que as vezes possuem apenas no extrativismo uma fonte de renda. Pode se desmatar a Amazônia de modo sustentável? O Brasil tem autonomia de criação e fiscalização para um programa desses? Eu tenho lá minhas dúvidas. O extrativismo para fins comerciais da madeira é apenas um caso, temos ainda a criação de pastagens e plantações de soja e outras culturas. O maior problema em relação ao extrativismo da madeira é o manejo, quando se refere ao tempo que as espécies demoram para atingir sua “maturidade comercial”. Desencorajando o seu plantio em escala. Existe também barreiras mais complexas, como o mogno, de grande beleza âmbar para móveis, que sua plantação em escala de monocultura, leva a ataque de insetos, os mesmos poderiam migrar para florestas naturais causando um impacto pior que qualquer modelo de moto-serra. Segue texto da Wikipedia:

Actualmente, todas as espécies do género Swietenia estão listadas pela CITES como espécies protegidas. A espécie, assim como o cedro brasileiro (Cedrela fissilis) e a andiroba (Carapa guianensis), ainda não podem ser plantadas em larga escala em monocultura, por serem atacadas pela lagarta Hypsipyla grandella Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pyralidae), também conhecida como "broca das meliáceas".
A EMBRAPA-Florestas, no entanto, em sua Circular Técnica 16, descreve o módulo agroflorestal instalado na vitrine de técnicas em Brasília, em pleno cerrado, onde uma das espécies plantadas é o mogno, junto com andiroba e outras espécies repelentes de insetos.

MUNDO SUSTENTÁVEL/CIDADES E SOLUÇÕES

A maioria das pessoas conhece, mas sempre é bom lembrar. O site do mundo sustentável (www.mundosustentavel.com.br) , é um dos mais completos quando se trata de reportagens sobre desenvolvimento sustentável. Guiado por André Trigueiro, o site é dinâmico e com todas as reportagens em vídeo do programa “Cidades e Soluções”. Site excelente, programa melhor ainda. Vale a pena conferir. E por mais que um assunto sobre um vídeo pareça desestimulante, o mesmo após dois minutos passa a ser de grande interesse. André geralmente vai conhecer in loco cidades, plantas fabris, lixões, etc. As pessoas entrevistadas por ele também passam longe de engravatados que nos acostumamos a ver em telejornais.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre energia alternativa...

"Um painel solar líquido, espalha como uma pintura. Aqui é a invenção extraordinária, nascido na Itália, o trabalho de uma equipe de pesquisadores que trabalham no Instituto para o Estudo de materiais nanoestruturados do CNR de mortadela e comercializados dall'austriaca Bleiner AG.
A ideia de criar uma pintura que podem transformar a luz solar em energia, funcionando como um verdadeiro painel solar, não é nova: dezenas de universidades e empresas em todo o mundo têm tentado e estão a tentar alcançá-la.
"Mas para ter sucesso", diz Thomas Bleiner, presidente do "nós estávamos em primeiro lugar. Este é o resultado de uma série de estudos realizados por um grupo liderado por Fabio Cappelli, Antonio Maroscia e Stefano Segato, que coloca a Itália na vanguarda. "
Photon No interior, este é o nome do produto patenteado, é uma verdadeira pintura, "diferente de todos os outros produtos similares. Não necessita de nenhum apoio pode ser aplicada diretamente sobre a superfície e espalhar ainda mais vezes, pois degrada. "
As vantagens do Photon Inside comparado aos tradicionais produtos fotovoltaicos parecem enormes: nenhum impacto ambiental ou arquitectónico, condições meteorológicas resistência, sem risco de roubo, pode ser aplicado em grandes superfícies de todo tipo. "Mesmo em um copo! Isto permite um ótimo desempenho: 50 metros quadrados lugar 3 KW, mas desde então você pode facilmente lidar com enormes áreas também irá receber grandes quantidades de energia. "
Os custos comparados aos tradicionais fotovoltaica são reduzidos para metade para um usuário típico (a família) ou de um prédio de três andares divididos em 6 apartamentos, cada um com um contrato de cerca de 3 KW, você deve pintar 288 metros quadrados fazer o telhado e / ou fachada para satisfazer a procura de energia, com um custo total de 59.400 euros.
Mas quais são os possíveis usos para Photon Exterior? "Todas as áreas em que é a condição fundamental leveza (náutico, aeroespacial, automotivo), então construção", disse Bleiner. A primeira aparição será no mercado da Marinha. Os painéis solares será pintado no Iate, que irá explorá-las para alimentar os equipamentos de bordo e do motor em caso de emergência.
Fonte: O Mundo, n.35, 29 de Agosto de 2008 "

Eu já tinha assistindo um pograma sobre o assunto no Management TV sobre o assunto. Devido ao alto custo dos paineis de silício, pesquisadores desenvolveram uma tinta que poderia ser aplicada sobre superfícies metálicas. O programa devia ser um pouco antigo, já que não era datado. O repórter perguntou ao responsável se o preçoo ficaria acessível ao ponto de todas as pessoas terem seus próprios conjunto de lâminas fotovoltaícas em casa. O pesquisador respondeu "Pra que as lâminas? Podemos pintar a casa com isso". Achei a idéia interessante, um sujeito colocou tantos paineis fotovoltáicos em casa que tinha dois relógios medidores: um de entrada, que era a luz que eventualmente consumia. Outro de saída, o excedente que seus painéis geravam era vendido a empresa geradora local. Abaixo postarei algumas idéias que achei interessante, geração de energia fotovoltáica e motoras, que podem ser geradas por vento ou outro movimento que gire o alternador de carro.



Esse video é interessante, um "homemade" em pequena escala. Ainda não o fiz, meio complicado juntar todos os ingredientes.




Outro legal, com um alternador movido por um motor elétrico, para efeito de apresentação. O mesmo alternador pode ser movido por água, vento, pedal, etc...




Esse outro, com alternador também, movido pelo vento.