segunda-feira, 2 de março de 2009

Governo cria guarda ambiental de 50 homens para cuidar de 80 milhões de hectares

"02/03/2009 - 16h21
Governo cria guarda ambiental de 50 homens para cuidar de 80 milhões de hectares
Piero LocatelliDo

UOL Notícias
Em Brasília
O ministro da Justiça, Tarso Genro, e o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, formalizaram nesta segunda-feira (2) a criação de uma Companhia Especializada em Guarda Ambiental. Ela contará inicialmente com 50 membros para cuidar de todo o território nacional, combatendo o desmatamento e o extrativismo ilegal. A força será responsável por cuidar dos quase 80 milhões de hectares de parques federais no país.
A criação da guarda foi feita pelo presidente Lula em setembro de 2008. Porém, até agora ela não havia sido regulamentada.Os 50 alunos são policiais e bombeiros da Força Nacional de Segurança Pública. Eles estão recebendo aulas de políticas públicas, ecologia, biologia, geografia geral e policiamento da fauna durante 30 dias.A idéia dos ministérios é formar mais 350 guardas até o final do ano. Minc disse que o objetivo de ter até 2.000 pessoas cuidando dessas áreas será mantido. Ao efetivo, serão somados até mil agentes da Policia Federal. Segundo o ministro, um concurso deve ocorrer no segundo semestre deste ano.Minc disse que deve haver um apoio maior da União aos Estados. O Ministério do Meio Ambiente deverá disponibilizar carros, GPS e helicópteros. Em contrapartida, os Estados deverão aumentar seus efetivos de proteção ambiental.Uma das portarias assinadas hoje determina que quando a Força Nacional for requerida por órgãos federais não será mais necessário a autorização dos governos estaduais. Atualmente, era necessário o governador solicitar formalmente a presença da Força no seu Estado. Segundo o Ministério da Justiça, essa mudança visa tornar mais rápidas as operações."


Os números começaram modestos, mas há promessa de aumento do efetivo. A grande dúvida é: ambientalistas devem ser policiais ou policiais devem ser ambientalistas? O cumprimento da lei deve ser com energia. Multas devem ser aplicadas, quando necessárias, prisões devem ser efetuadas, no flagrante. Agentes não podem ser intimidados, devem ser respeitados. Esse respeito não vem junto com o cargo, é necessário merecê-lo. A iniciativa é boa, vamos acompanhar de perto. Em tempo: que os requisitos dos candidatos ao concurso sejam pertinentes a área de atuação, chega de generalidades, como por exemplo exigir apenas segundo ou terceiro grau em qualquer área! Devem ser pessoas capacitadas para a função.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Fracassa lançamento de satélite para monitorar nível de CO2

Do UOL
"Terminou de maneira decepcionante uma ação inédita para monitorar a concentração de dióxido de carbono na atmosfera. Por problemas técnicos, o satélite OCO, da Nasa, não conseguiu soltar-se do foguete de lançamento Taurus XL. O incidente ocorreu na manhã desta terça-feira na base da Força Aérea norte-americana em Vandenberg, na Califórnia. Pouco depois do lançamento, a Nasa percebeu falhas técnicas no satélite e acionou o plano de contingência.A equipe de lançamento estuda agora as causas do problema.O satélite OCO foi projetado para oferecer medições precisas do nível de gás carbônico na atmosfera terrestre, identificar sua origem, apontar onde ocorre sua absorção e qual a relação entre emissão e transformação do CO2. "

É uma pena. Um satélite desses poderia nos ajudar... e muito. Algumas pessoas acham que a concentração de CO2 na atmosfera ainda é pouca.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Nível do mar

Deu no UOL
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/efe/2009/02/17/ult4429u2028.jhtm

A coisa é de se preocupar. Um bloco de gelo hoje, outro amanhã, não altera somente o nível do mar, como também sua salinidade. Mais água doce no mar o tornará menos salgado. Espécies que não se adaptarem a nova salinidade irão desaparecer. Certas algas não proliferam sob determinada variação de temperatura, certos animais marinhos se alimentam dessas algas.
Lembro me, quando pequeno, íamos nas férias de janeiro para Praia Grande, SP. A faixa de areia era larga, ao entrar na praia, pela avenida, a areia era mais fofa, ( onde ficava o pessoal que gostava de bater uma bola) ficávamos uns vinte metros adiante, dali até o mar, era uma caminhada desestimulante para uma criança, (não tenho noção de distância daquela época) era chato ir buscar água no baldinho toda hora para eu e meus primos enfeitar os castelinhos de areia. Hoje a faixa de areia não está tão larga. Fiquei pensando nisso da última vez que lá estive "Acho que eu cresci, a sensação de distância diminuiu". Não tinha ninguém jogando bola, mas imaginei um campinho, medi certa distância no olhômetro, imaginei onde estaria...bem pertinho do mar. Será que era a maré? O nível do mar subiu? Se alguém acha a mesma coisa, poste aqui seu comentário.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

CO2 na atmosfera para salvar o mundo?

Segundo estudos do Sr. Anderson C.R. Soares, essa seria a solução. Aqui vai um link para que todos possam dar uma olhadinha.
(http://www.il-rs.org.br/site/arquivos/AquecimentoGlobal.pdf
Li o estudo, compartilhei-o com André Trigueiro. Sou uma pessoa democrática e humilde. Gosto de ler de tudo, considero sempre um aprendizado, mesmo que vá contra minha opinião. A única pessoa que eu pensei na hora, depois de ler o estudo foi o André. O André é muito mais tarimbado e experimentado quando se trata de desenvolvimento sustentável e emissões de CO2. Até o programa dele tem suas emissões de CO2 neutralizadas com plantio de árvores. Recebi do André um link do IPCC, um orgão Intergovernamental da ONU que trata de mudanças climáticas. E como disse André, o trabalho doSr. Anderson vai contra inúmeros trabalhos realizados pelo IPCC. Eu também acho que as alterações climáticas são antrópicas.
Não só a mudança climática, entretanto outros fatores nos levam a pensar em diminuir os níveis de CO2 na atmosfera. Segundo a OMS, 3 milhões de pessoas morrem anualmente devido aos efeitos da poluição atmosférica. Um estudo publicado na revista THE LANCET, em 2000, concluiu que a poluição atmosférica na França, Áustria e Suiça é responsável por mais de 40 mil mortes anuais, nesses três países. Cerca da metade se deve a poluição causada por emissões de veículos. Nos EUA, a poluição mata mais do que o câncer de mama e próstata juntos, cerca 70 mil. Quando falamos em queimar petróleo, não estamos falando somente em CO2. Temos CO, SO2, óxidos de nitrogênio, ozônio e os particulados. Se o Sr. Anderson quer repor CO2 na atmosfera, que seja de outra maneira.
E se alguém se interessar www.ipcc.ch/ .Eu estou lendo sobre mudanças climáticas e água.

Como perguntou Ciro "Há o que comemorar ?"

O código florestal está completando 75 anos, abaixo segue uma matéria publicada no estadão por um engenheiro agrônomo chamado Ciro Siqueira. Ciro, de forma resumida, traça uma linha cronológica sobre a base de criação do código. Nada tenho a acrescentar. Do mesmo jeito estaremos comemorando no dia 31 de agosto de 2011, 30 anos da Politica Nacional de Meio Ambiente, com a lei 6938. Estaremos comemorando? Do jeito que andam as coisas acho que não, seu eu estiver por aqui colocarei uma notinha no blog.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090211/not_imp321820,0.php

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Recicláveis diante da crise II

Mandei e-mails a várias empesas do setor, nenhuma respondeu. Apenas um rapaz de uma empresa me disse que os preços haviam caído cerca de 50%. Hoje no Jornal da Record, uma matéria mostrou que catadores de cooperativas não estão recolhendo mais recicláveis em condomínios (conforme eu havia noticiado um caso dias atrás). Segundo a reportagem da Record, os valores caíram 80%, desmotivando assim seu recolhimento. Agora vai tudo para os aterros sanitários. E não é pouca coisa.

BIODIGESTORES

O metano (CH4) é um dos gases causadores do efeitos estufa. Muito mais poluente que o dióxido de carbono (CO2). Todos que já passaram na porta de lixões já viram a queima do mesmo. Uma chama que está sempre acesa. Isso se deve ao fato de para libera-lo na atmosfera é necessária sua queima, menos poluente. Já que queima, por que não aproveita-lo? Muitos aterros sanitários já desenvolvem o aproveitamento do metano, ai ele vira biogás. O gás é canalizado e enviado a pequenas centrais elétricas, que transfomam o metano em energia elétrica ( como uma termoelétrica a gás). Agora pequenos, médios e grandes produtores rurais, da pecuária e da suinocultura estão entrando na jogada. O metano é formado na decomposição de matéria orgânica. No caso da suinocultura em particular são usados fezes e restos de ração, que coletados vão para os biodigestores. Segue abaixo o link do primeiro vídeo (são dois) da confecção e montagem de um biodigestor em uma pequena propriedade familiar. Está em espanhol, mas fácil de entender. Se procurarem no Youtube acharão bastante coisa sobre o assunto. Esse eu achei bem ilustrativo. No site do "mundo sustentável" tem uma matéria bem interessante também, apresentada pelo André Trigueiro.


quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Dicas de Economia de Papel

Mostrarei aqui dicas simples de economia de papel que podem ser aplicadas em casa ou no escritório. E a importância da reciclagem. Primeiro alguns fatos:

* Para cada tonelada de papel que se recicla, salvam-se 32 árvores de pinus e 3 de eucalipto ;
* Sobra 3 metros cúbicos no aterro sanitário ;
* Para produzir 1 tonelada de papel reciclado são necessários 2 mil litros de água e para o tradicional, na cor branca, esse volume pode chegar a 100 mil litros!

Para redução:

* Reduza o consumo, como?
Nem todo email que você recebe é necessário imprimir, reflita se sua impressão é realmente necessária.
* Sempre use a opção "Visualizar Impressão", antes de imprimir, é muito útil.
* Verifique as margens da folha, tamanho da fonte, as vezes por uma linha apenas, uma folha inteira vai pro beleléu.
* Imprima apostilas e manuais na frente e no verso das folhas. Paa isso configure a qualidade de impressão de sua impressora como "rascunho", dessa maneira saira menos tinta, de maneira que a folha não ficará "encharcada". Depois imprima "somente páginas ímpares", feito isso coloque as folhas novamente na impressora em ordem, de maneira que quando selecionar "somente páginas pares", as mesmas saiam impressas na ordem. Imprima de pouco em pouco, de três em três por exemplo, assim se caso a impressora puxar duas ou mais folhas, o prejuízo será menor. E faça com calma, fica mais legal depois na hora da leitura.

Para reutilização:
* Folhas usadas que estejam limpas dão ótimos bloquinhos para anotações. Use sua criatividade e crie-os de sua maneira.
* Folhas com uma face em branco servem para fazer alguns testes de impressão, então quando errar alguma, não amasse o papel e jogue-o fora. Guarde-o, quem sabe quando você precisará usa-lo para testes?


Para reciclagem:

* Depois que você reduziu, fez bloquinhos e já os rabiscou com seus recados, é hora de mandar a papelada para reciclagem. Jogue o papel sempre em um lixo reservado, separados dos demais, assim ele não irá para aterros sanitários.
* Folhas de caderno, envelopes, fotocópias, cartazes, panfletos e outros materiais de papel podem ser separados juntos. Afinal, é tudo de papel.

Aqui foram algumas dicas, quem tiver mais é só postar nos comentários.

Faça sua parte!

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O MUNDO SEGUNDO A MONSANTO

Para quem gosta de documentários investigativos estilo Michael Moore, aqui vai uma boa sugestão, clicando no link abaixo você assistirá a primeira parte de um total de doze. Produzidos pela jornalista francesa Marie-Monique Robin, o livro Le Monde Selon Monsanto (O Mundo Segundo a Monsanto), o documentário homonimo é recheado de entrevistas, pesquisas, depoimentos, resultados de ações legais, etc. O assunto é muito pertinente, afinal poucas pessoas sabem ao certo qual o efeito de um alimento ou produto transgênico em nosso organismo. Achei impressionante tambem a situação dos habitantes de Anniston, e não é so lá que o PCB poluiu, ele se espalhou pelo mundo. As plantações transgênicas de algodão, soja, milho vão mudando as caracteristicas sociais e especies naturais ao redor do mundo.Vale a pena assistir.

http://www.youtube.com/watch?v=DCx4Dg6t2Mo
Deu no UOL

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/2009/02/10/0402376CCCB96326.jhtm?transporte-ecologicamente-correto-vira-moda-no-verao-do-rio-0402376CCCB96326

Pedalar é 100% ecológico. Já carrinho com baterias exige um cuidado especial, a disposição final das baterias. Carregar as baterias dos carrinhos com energia solar seria ótimo. Um exemplo disso são os passeios de barcos oferecidos nos rios de Berlin, Alemanha (um país onde o sol brilha apenas 140 dias por anos, metade dos dias ensolarados do Brasil). Lá os pequenos catamarans possuem 750W de paineis fotovoltaícos no teto, com o dia ensolarado pode se passear o dia todo. As baterias dos barquinhos ainda podem ser recarregadas no seu próprio atracadouro, onde o teto do mesmo é repleto de paineis de silício.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

The people are FUCKED!






Em um ponto ele tem razão. o Planeta pode se curar da humanidade. Desde que nós não o habitemos mais. Quando enchemos o saco das pessoas em relação a proteção do meio ambiente, não somos tão altruístas assim. Não pensamos só em salvar o planeta. Queremos salvar nós mesmos. Precisamos de um planeta com condições mínimas para sobrevivência e deixar para o planeta se virar sozinho não é o caminho. Ontem São Paulo foi vítima de uma enchente. Vários carros boiando, pessoas morrendo afogadas, eletrocutadas, depois vem a leptospirose, diarréias, etc...Se alguém um dia presenciar tal fato, após a chuva de uma olhadinha nas bocas de lobo, que devem colher a água da chuva, lá terá uma sacolinha, uma PET, uma casca de coco,etc. O planeta não morreu. Continuou. Só que...tivemos vítimas humanas. A minha opinião é essa. Ele se cura de nós, mas ele é vingativo..."How the planet is doing? Planet is fine...The PEOPLE are fucked !" Assim ele diz ( se meu inglês não estiver tão ruim). Depois de tudo isso ele merecia palmas? Já ouvi pessoas dizerem que não viverão o suficiente para ver o resultado de tantos ataques ao planeta. Eu acho que não verei também. Só que eu tenho uma filha de cinco anos. Ai já viu... quando você deixar de pensar só em você seus pensamentos mudam.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

A favor do clima estável

Da folha de São Paulo

"Rã é nova ferramenta para definir conservação

Na mata atlântica, sul da Bahia é ultrassensível
Ana Carnaval/ UC Berkeley
Rã da espécie Hypsiboas Semilineatus, usada na pesquisa AFRA BALAZINADA REPORTAGEM LOCAL Foi usada pela primeira vez no Brasil uma ferramenta que alia o estudo genético de animais a dados climáticos do passado para identificar áreas importantes para a conservação da biodiversidade.Realizada na mata atlântica, a pesquisa utilizou três espécies de rã e concluiu que a região mais importante a ser preservada é o sul da Bahia, que funcionou ao longo do tempo como refúgio de espécies.Os pesquisadores modelaram a distribuição dos anfíbios há 6.000 anos, quando as condições climáticas eram mais frias e úmidas, e há 21.000 anos, período frio e seco. Segundo o estudo, publicado hoje na revista "Science", quanto mais estável do ponto de vista climático, mais biodiversa tende a ser a região."Fomos capazes de identificar áreas que funcionaram como refúgios climáticos -áreas de estabilidade climática, onde as espécies puderam permanecer ao longo do tempo", afirmou à Folha Ana Carolina Carnaval, da Universidade da Califórnia em Berkeley (EUA).Na pesquisa, foram usadas amostras de DNA de 184 rãs das espécies arborícolas Hypsiboas albomarginatus, H. semilineatus e H. faber, encontradas em toda a floresta. A comparação mostrou que as rãs da parte sul da mata atlântica tinham menos diversidade genética do que as da região central.Segundo Célio Haddad, um dos coautores do artigo, as áreas importantes para conservação são em geral definidas a partir da lista de espécies existentes para essa dada região."Isso é razoável. Mas a dúvida que fica é até que ponto a área protege as espécies ao longo do tempo. Essa nova ferramenta é mais precisa", disse o pesquisador do Departamento de Zoologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista).Optou-se por usar anfíbios no estudo pelo fato de serem bons "bioindicadores". "Várias espécies passam parte da vida na água, sob forma de girinos, e parte na terra, após a metamorfose. Têm pele fina e permeável, e os ovos não possuem casca, de modo que são altamente suscetíveis a mudanças ambientais", disse Carnaval.Mais atençãoPara a cientista, a porção sul da mata atlântica vem, historicamente, recebendo mais atenção que a central. "É importante agirmos no sentido de documentar e proteger o que resta da diversidade nessa região."Ela ressalta, porém, que não se deve frear os esforços de conservação e estudos em outros locais. Haddad concorda. "Meu medo é que resolvam preservar o sul da Bahia e esqueçam o resto", disse ele.De acordo com o pesquisador, uma crítica que pode ser feita ao trabalho é o uso de apenas três espécies."

Quem não gosta de um clima estável. Estamos sofrendo o efeito dessa variação e estamos mudando nossa mentalidade, já que não temos para onde mudar. Só temos esse planeta por enquanto, já as rãs, por enquanto, podem desfrutar de uma pequena reserva.

Recicláveis diante da crise

Do http://ultimosegundo.ig.com.br/, portal de notícias do IG.

"O mercado de materiais recicláveis tem enfrentado um dos piores momentos de sua história com o agravamento da crise financeira, a partir de outubro do ano passado. Insumos como papel, papelão, plástico e metais recicláveis agora encontram muito menos interesse das empresas, que passaram a reduzir sua produção, como forma de corte de custos e acompanhando a queda na demanda. Com isso, o preço dos materiais recicláveis foi diretamente afetado.
Um dos maiores mercados compradores de recicláveis é a China, que adquire sua cota especialmente nos EUA e Reino Unido. O país, no entanto, passou a exportar muito menos seus produtos “Made in China” e, com isso, o papelão utilizado como embalagem passou a se acumular nos estoques. No final do ano, a China estava importando recicláveis, mas como combustível mais barato para as caldeiras e fornos industriais.
Nos EUA, a tonelada da lata, por exemplo, atingiu U$5 em dezembro passado. No ano anterior, em 2007, este mesmo volume era vendido em torno de US$ 327. Já a tonelada de papelão foi vendida recentemente entre US$ 25 e US$ 30, mas havia chegado a US$ 300 há poucos meses.
Brasil
Enquanto no mundo os meses de setembro e outubro já apresentavam preços em queda, o Brasil, no entanto, só começou a perceber alguma diferença em dezembro. Ainda não existem estatísticas consolidadas para este mês, mas Pedro Vilas Boas, estatístico da Associação Brasileira de Celulose e Papel, conta que o abastecimento de recicláveis no Brasil se dá no próprio pais e que, por isso, o mercado está relativamente protegido de crises internacionais.
Plástico
Apesar de acompanharem a queda de preços de seus colegas recicláveis, os plásticos têm resistido com alguma bravura. Segundo Hermes Contesini, porta-voz de Relações com o Mercado da Associação da Indústria do PET (Abipet), esse setor se salva pela versatilidade da matéria-prima, mas que nessa época do ano há uma queda de preços. “Estamos numa época que os materiais sobram. No verão há muito consumo de líquidos em embalagens PET. Existe uma destinação do PET, para a indústria têxtil, que também apresenta queda no verão. Por outro lado, você tem uma variedade de demandas, como para fabricação de vassouras, por exemplo, que nada tem a ver com o período do ano”, explica. Segundo ele, os preços variam, mas estão em torno de R$ 0,90 a R$ 1 por quilo, mas chegaram a R$ 1,30 por quilo antes da crise.
Projeções
Lourisvaldo Silva Santana, coordenador-geral da Coopere, cooperativa de materiais recicláveis de São Paulo (SP) conta que altos e baixos desse mercado são naturais, especialmente neste período entre final e início de ano, mas a situação atual não é comum. “Eu tenho dez anos de [trabalho em] cooperativas e nunca vi uma queda de preços como essa”, afirma. Segundo ele, todos os produtos enfrentam queda, mas as cooperativas, de forma geral, estão estocando o quanto podem até que o mercado melhore. A expectativa de Santana e de todos os entrevistados é que isso aconteça após o Carnaval, quando o mercado, tradicionalmente, volta a se aquecer.
"

Essa semana pude acompanhar tal acontecimento. Meu tio separava caixas de papelão para um senhor que ia religiosamente as quartas feiras retira-las. Depois de dois cafézinhos e uma conversa, separava sua carga e seguia seu caminho.
Na última quarta-feira de janeiro ele apareceu, pediu o café, contudo não quis carregar as caixas e sua conversa..."Tive que tocar fogo em um monte de papelão lá em casa, ninguém quer mais, não tenho onde guardar, então não vou levar."
Catadores em geral precisam de produtos que vendam. Papelão, latinhas, PETS, etc. Salvar o meio ambiente é um bônus no processo para eles. Agora, salvar o meio ambiente exclusivamente, não vende.
Entrei em contato com três empresas de reciclagem, pedi um atualização de valores e números e qual a visão deles. Assim que me passarem os dados, será devidamente postado.

Para ilustrar o post confiram as fotos de Paulo Giandalia. Um ensaio com catadores de papel, lindas fotos. Fotos impactantes, que registram momentos nunca vistos como arte. Do site Do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis.
http://www.mncr.org.br/box_2/noticias-regionais/os-catadores-de-papel-por-paulo-giandalia/

Madeira Zero

Do site http://www.nossasaopaulo.org.br/

"Luanda Nera - repórter do Movimento no FSM 2009
Uma sociedade “ecossocialista”, que faça a convergência entre a defesa da ecologia e as causas dos movimentos sociais urbanos. Esse é, na opinião do cientista social Michael Lowy e do escritor e religioso dominicano Frei Betto, o modelo ideal (e necessário) para a vida no planeta. Eles participaram do Fórum Social Mundial, em Belém, a convite das redes brasileira e latinoamericana por Cidades Justas e Sustentáveis, e foram aplaudidos pela platéia que lotou um dos auditórios da Universidade Federal Rural.
Protagonistas do conceito de ecossocialismo, Betto e Lowy fizeram um emocionante relato da trajetória de dois grandes ativistas que atuaram na região amazônica – o seringueiro Chico Mendes (assassinado em 1988) e a irmã Dorothy Stang (assassinada em 2005) –, sempre traçando paralelos com as lutas que continuam no Brasil e no mundo. “O Chico Mendes continua a inspirar militantes em vários países. Era um pragmático, mas também um utopista”, resumiu Lowy. “A impunidade dos crimes do latifúndio e a falta de reforma agrária mataram a irmã Dorothy”, enfatizou Betto.
Fazendo uma ponte com o cenário atual, marcado pela crise financeira mundial e o conseqüente debate sobre os rumos do capitalismo, Betto e Lowy enfatizaram a necessidade de um modelo que assegure os direitos humanos acima de tudo e que promova uma transformação radical em nosso padrão de consumo. “As questões ecológicas exigem medidas radicais, é urgente uma mudança no nosso padrão de civilização. O ecossocialismo é a corrente que luta pela defesa da natureza, da vida e por uma sociedade baseada em valores”, afirmou Lowy.
Para Betto, a construção de cidades sustentáveis (ou ecossocialistas) exige práticas concretas, como o Movimento Nossa São Paulo e os demais que já se formaram em outros municípios brasileiros e latinoamericanos. O religioso também descreveu os quatro valores sobre os quais o conceito de ecossocialismo se apoia: visão crítica do neoliberalismo, organização da esperança, resgate da utopia e elaboração de projetos alternativos. “A luta pelo ecossocialismo começa aqui e agora, na defesa do desmatamento zero na Amazônia, no fortalecimento da rede de cidades justas e sustentáveis”, concluiu Frei Betto. “A consciência é o que nos leva à ação. E é neste sentido que precisamos trabalhar juntos para que seja possível repensar nossas cidades”, completou Michael Lowy."


Acho que já estão criando nomes demais para o que conheço como “desenvolvimento sustentável”, nomes diferentes, a essência é a mesma. Tudo bem.
O que se discute no campo de desenvolvimento sustentável é o que o próprio nome diz, por isso gosto dele. Acabar com o desmatamento na Amazônia é justo? Justo com a população local eu digo, que as vezes possuem apenas no extrativismo uma fonte de renda. Pode se desmatar a Amazônia de modo sustentável? O Brasil tem autonomia de criação e fiscalização para um programa desses? Eu tenho lá minhas dúvidas. O extrativismo para fins comerciais da madeira é apenas um caso, temos ainda a criação de pastagens e plantações de soja e outras culturas. O maior problema em relação ao extrativismo da madeira é o manejo, quando se refere ao tempo que as espécies demoram para atingir sua “maturidade comercial”. Desencorajando o seu plantio em escala. Existe também barreiras mais complexas, como o mogno, de grande beleza âmbar para móveis, que sua plantação em escala de monocultura, leva a ataque de insetos, os mesmos poderiam migrar para florestas naturais causando um impacto pior que qualquer modelo de moto-serra. Segue texto da Wikipedia:

Actualmente, todas as espécies do género Swietenia estão listadas pela CITES como espécies protegidas. A espécie, assim como o cedro brasileiro (Cedrela fissilis) e a andiroba (Carapa guianensis), ainda não podem ser plantadas em larga escala em monocultura, por serem atacadas pela lagarta Hypsipyla grandella Zeller, 1848 (Lepidoptera: Pyralidae), também conhecida como "broca das meliáceas".
A EMBRAPA-Florestas, no entanto, em sua Circular Técnica 16, descreve o módulo agroflorestal instalado na vitrine de técnicas em Brasília, em pleno cerrado, onde uma das espécies plantadas é o mogno, junto com andiroba e outras espécies repelentes de insetos.

MUNDO SUSTENTÁVEL/CIDADES E SOLUÇÕES

A maioria das pessoas conhece, mas sempre é bom lembrar. O site do mundo sustentável (www.mundosustentavel.com.br) , é um dos mais completos quando se trata de reportagens sobre desenvolvimento sustentável. Guiado por André Trigueiro, o site é dinâmico e com todas as reportagens em vídeo do programa “Cidades e Soluções”. Site excelente, programa melhor ainda. Vale a pena conferir. E por mais que um assunto sobre um vídeo pareça desestimulante, o mesmo após dois minutos passa a ser de grande interesse. André geralmente vai conhecer in loco cidades, plantas fabris, lixões, etc. As pessoas entrevistadas por ele também passam longe de engravatados que nos acostumamos a ver em telejornais.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Sobre energia alternativa...

"Um painel solar líquido, espalha como uma pintura. Aqui é a invenção extraordinária, nascido na Itália, o trabalho de uma equipe de pesquisadores que trabalham no Instituto para o Estudo de materiais nanoestruturados do CNR de mortadela e comercializados dall'austriaca Bleiner AG.
A ideia de criar uma pintura que podem transformar a luz solar em energia, funcionando como um verdadeiro painel solar, não é nova: dezenas de universidades e empresas em todo o mundo têm tentado e estão a tentar alcançá-la.
"Mas para ter sucesso", diz Thomas Bleiner, presidente do "nós estávamos em primeiro lugar. Este é o resultado de uma série de estudos realizados por um grupo liderado por Fabio Cappelli, Antonio Maroscia e Stefano Segato, que coloca a Itália na vanguarda. "
Photon No interior, este é o nome do produto patenteado, é uma verdadeira pintura, "diferente de todos os outros produtos similares. Não necessita de nenhum apoio pode ser aplicada diretamente sobre a superfície e espalhar ainda mais vezes, pois degrada. "
As vantagens do Photon Inside comparado aos tradicionais produtos fotovoltaicos parecem enormes: nenhum impacto ambiental ou arquitectónico, condições meteorológicas resistência, sem risco de roubo, pode ser aplicado em grandes superfícies de todo tipo. "Mesmo em um copo! Isto permite um ótimo desempenho: 50 metros quadrados lugar 3 KW, mas desde então você pode facilmente lidar com enormes áreas também irá receber grandes quantidades de energia. "
Os custos comparados aos tradicionais fotovoltaica são reduzidos para metade para um usuário típico (a família) ou de um prédio de três andares divididos em 6 apartamentos, cada um com um contrato de cerca de 3 KW, você deve pintar 288 metros quadrados fazer o telhado e / ou fachada para satisfazer a procura de energia, com um custo total de 59.400 euros.
Mas quais são os possíveis usos para Photon Exterior? "Todas as áreas em que é a condição fundamental leveza (náutico, aeroespacial, automotivo), então construção", disse Bleiner. A primeira aparição será no mercado da Marinha. Os painéis solares será pintado no Iate, que irá explorá-las para alimentar os equipamentos de bordo e do motor em caso de emergência.
Fonte: O Mundo, n.35, 29 de Agosto de 2008 "

Eu já tinha assistindo um pograma sobre o assunto no Management TV sobre o assunto. Devido ao alto custo dos paineis de silício, pesquisadores desenvolveram uma tinta que poderia ser aplicada sobre superfícies metálicas. O programa devia ser um pouco antigo, já que não era datado. O repórter perguntou ao responsável se o preçoo ficaria acessível ao ponto de todas as pessoas terem seus próprios conjunto de lâminas fotovoltaícas em casa. O pesquisador respondeu "Pra que as lâminas? Podemos pintar a casa com isso". Achei a idéia interessante, um sujeito colocou tantos paineis fotovoltáicos em casa que tinha dois relógios medidores: um de entrada, que era a luz que eventualmente consumia. Outro de saída, o excedente que seus painéis geravam era vendido a empresa geradora local. Abaixo postarei algumas idéias que achei interessante, geração de energia fotovoltáica e motoras, que podem ser geradas por vento ou outro movimento que gire o alternador de carro.



Esse video é interessante, um "homemade" em pequena escala. Ainda não o fiz, meio complicado juntar todos os ingredientes.




Outro legal, com um alternador movido por um motor elétrico, para efeito de apresentação. O mesmo alternador pode ser movido por água, vento, pedal, etc...




Esse outro, com alternador também, movido pelo vento.